quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A calma acabou por instante. A boca do fogão desperta tamanho calor agora que incomoda as mãos.

Penso nas panelas e potes. Penso mais que em minha própria vida. Será que um dia pensei.

Aquelas luvas não protegem mais. Tabuleiros no chão.Era fácil queimar as mãos no momento, mas nem o plano de saúde cobriria o espaço, nem mesmo a folga.

Garfos e colheres estampam a vida. Num reluzir de reflexões das decisões que o tempo tomara. Inconsciente da culpa ela diz que foi por escolha, mas digo ser por dúvida. Minha e só minha.

Nem mesmo os aumentos fariam-na mudar de ideia. Seja lá que ideia fosse. Torna a queimar a mão e já pensa em outra coisa.