Acordou entre a caçamba de lixo e o meio fio. Estava largado, anestesiado pelo etílico que não o deixava acordar nem mesmo com o sol rachando as pálpebras.
Podia ouvir o roncar do estômago. Parecia um cretino, lerdo. Acordava com o barulho da fumaça entrando pelas narinas. Tossia como um tuberculoso.
Mimetizava com o asfalto, sujo como a calçada. As calças eram feitas de buracos de diversos tamanhos, em qualquer outro corpo faria sucesso, mas não havia pernas suficientes para preencher o vão do tecido gasto.
4 comentários:
Eu gosto...
Gosto de pensamentos construídos no itinerário da angústia.
Amplexo:
Graziano Costa
Visite:
www.speculacoes.blogspot.com
É caríssimo, o álcool faz dessas coisas...hehehehe...rs
Gostei da proposta do blog!
Aqui, quero lhe convidar para passar no meu blog, o Café com Notícias.
Abcs,
=]
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http://cafecomnoticias.blogspot.com
Tsc.. droga.
Bem que desconfiei da garota do outro lado da rua com um bloco e uma caneta na mão.
rsrsrs
Bons textos!
Consegui vivenciar a cena, sentir o cheiro da fumaça e o ardor do calor que você descreveu.
Estou com sede, volto logo...
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