Ouço um piano imaginário quando toco com os pés a calçada. Volto da praia descalça, vejo as teclas no calçadão preto e branco de Ipanema. Ando com ritmo até o piso só ter uma cor.
As folhas me acompanham virando para o lado que eu vou. A brisa me expulsa até eu virar a esquina e o vento não ter força para me levar.
Os turistas coloridos confundem o inverno com o verão, trazendo hibiscos em suas camisas de botão. Também não combino as roupas desta estação, desfilando de biquíni e canga nas horas impróprias enquanto alguns usam ternos.
Passo mais tempo aqui; conheço as ruas pelo nome, mas ainda faço bafo na vitrine inventando moda de querer levar cada estampa para casa como lembrança.
10 comentários:
é com essa linda passarela representando um piano... pode-se até se imaginar que se está em piano
Opa.
Finalmente um texto estiloso, sem o falso intelectualismo forçado de alguns. Simples, mas não singelo.
Boa narrativa, ligeireza. E o universo feminino está em segundo plano. O que fale é o ser humano diante da cidade grande e de seus vícios, modos.
Vc tem talento, menina.
Gostei mais da passagem que vc fala das folhas virando pra vc!!!
cara amei demais o texto!.
http://sorrisosdeplasticos.blogspot.com/
Chará Feminina! xD
bem autista.
mentira sua...vc nao tem 18 anos nada!!
como uma moça de 18 pode ser tão intensa assim??como pode escrever tão bem assim??
aaahh vá mentir lá na Letras da Ufrj!!...rs
nossa esse seu texto traz um ar de leveza e fantasia ao leitor, é como se eu tivesse fazendo tudo o que esta escrito nele, Parabéns!
Aqui encontrei um texto leve e delicado, muito bem! adorei!
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