terça-feira, 22 de abril de 2008

Ele saiu, tive a certeza de que nunca mais o veria. Tive vontade de voltar, não para tê-lo, mas para deixar claro que é necessário viver só.

A felicidade existe se for compartilhada, imagine tê-la só para você, dando nome ao próprio prazer. Imagine acordar cedo, sem reclamar da hora, sem ter que dar motivo. Dormir a tarde tendo o compromisso com o próprio sono, e só.

Eu me pergunto se minha conclusão faz sentido; se esse egoísmo poderia lhe ferir. Lembro dos retratos, recados em uma caixa em cima do armário, junto com outras juras de amor, todas sem validade. Consigo percorrendo o olhar, definir as suas lembranças.

Conteria minha decisão, iria até sua porta, com a certeza que não teria coragem de pedir que viva tudo novamente, como se eu mesma pudesse sentir, mesmo que não pudesse mais, mas era o que lhe fazia feliz.

Nenhum comentário: