terça-feira, 13 de novembro de 2007

Ouço gritos pelo caminho, acabo escondendo-me atrás de um tronco retorcido. Logo me encontram, encolhida atrás da esguia árvore.

Aponta-me o dedo e começa a gesticular. Suas unhas sujas ameaçam invadir minhas narinas, tamanho o entusiasmo de suas mãos. Nada posso fazer a não ser ouvir o sermão.

Voltei para casa cabisbaixa, pensando no que havia feito. Nada. Meu silêncio custou caro desta vez. Faltava apenas me sacudir, ou me esbofetear,

Aprendi a falar sempre, sorrindo em concordância. Tudo para manter meu nariz a salvo.

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