sábado, 20 de outubro de 2007

Era madrugada quando resolvi subir no muro para arranjar distração. Deslizei pela marquise do cinema, tomando cuidado para não fazer barulho para os que passavam na calçada. Troquei o letreiro do cinema por algo mais divertido. Um sintoma altruísta. Escrevi meu nome. Ninguém deveria notar o novo efeito até amanhecer.

Passei no mesmo lugar pela manhã para ver o que acharam da minha arte escrita. Uns não notavam diferença, outros acharam graça. Nada fizeram para mudar as letras de lugar. Assim ficou meu nome lá, com ares de estrela, encantando quem passa e reconhece semelhança entre os pronomes próprios em cartaz.

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