quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Nunca acreditei em monstros, exceto o chupa cabra, que depois de crescida não fez parte do meu imaginário. Sabia que Papai Noel era um burguês que induzia a todos a comer e comprar muito para esquecerem a amargura de um ano inteiro.

Achava engraçado comer ovos de chocolate e associar isso a um coelho, como se as crianças soubessem o que é fertilidade. Depois reclamam da precocidade das coisas.

O folclore e o culto são burros! A ignorância impera sendo fácil de ser constatada. Ninguém lembra que Curupira tem os pés virados. Qualquer pesquisa evidencia que trocam o dia da República por Tiradentes. Eu mesma troco tudo, e sou feliz por não saber de nada.

Comemoro o Natal pelos presentes, a Páscoa pelo chocolate. Faço do meu aniversário um motivo para enfeitar um bolo, repetindo tudo com gosto. Uma revolução botaria tudo a perder.

Imagine as comemorações longe da casa da avó, sem mesa cheia de gente e comida? Imagine o ano novo sem fogos, sem roupas brancas e abraços a meia noite no horário de verão? Seria mais fácil trocar as datas, comer nozes no inverno tropical, vestindo branco no dia de finados.

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