Sempre quis redescobrir o que havia por trás daquela porta. O quarto escurecia no meio da tarde. Evitava ousar tocar na maçaneta depois de tanto tempo.
Minhas lembranças estavam ali trancafiadas. Minha memória
Resolvi procurar a chave. Não obtive êxito. Meu coração disparou, bati na porta em desespero como se alguém pudesse abri-la, como se uma foto tomasse forma, andando para me acudir.
Perseguia-me a ausência de recordação. Os sonhos não possuíam rosto, apenas o meu. Era estranha a sensação de solidão em reflexo.
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