domingo, 2 de dezembro de 2007

Devo recorrer à história para citar revoluções. Espero um dia pintar o rosto e uma cartolina com palavras válidas.

Sempre gostei de falar alto em tom autoritário para testar a emoção dos outros. Os temperamentos estão mornos, todos nadam na tendência.

Atento pelas crianças que gritam nos balanços no parque enquanto os pais divorciados paqueram uns aos outros. Concluem o estado cíclico da novidade.

Penso no futuro estático, suas classes, suas mentes, na pequeneza dos atos se perpetuando no tempo. Olhos arregalados denunciam minha ação reacionária.

Não queimaria soutiens pelas ruas, nem mesmo pneus. Queimo biscoitos no forno enquanto canto música antiga. Meus ideais são preservados na minha contrariedade. Minha voz miúda ganha força entre conversas inocentes nas tardes tediosas de domingo. Assim não morro, vivo nos ouvidos dos outros.

Nenhum comentário: