Espantei-me com a ignorância escancarada. Surgiu um crustáceo em minha frente, ameaçando querer beliscar meu dedo mindinho. Não soube dizer se o que vi era um caranguejo ou um siri; perguntei com discrição, mas a resposta não veio. Acabei me confortando em não saber sozinha.
Cachorros se afogavam nas ondas. Pombos queriam meu coco. A manhã era dos bichos. Todos os homens eram porcos. Eu me contorcia feito cobra tentando achar uma posição para ler.
Disfarcei-me de turista, pintando a pele de vermelho por raio ultravioleta. Acabo envelhecendo alguns anos entre as pintas, mas me sinto linda molhando os pezinhos para não ter choque térmico.
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