sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Há promoções para todos os gostos. Picolés com i-pods sugerem uma nova forma de trafico. Imagino cocaína congelada com sabores variados. Minha critica vai se limitar aos meus pensamentos.

De uns tempos para cá a novidade tem se aplicado para acompanhar a velocidade atual. A televisão digital se atrasa no Rio. Creio que São Paulo está sendo usado como cobaia para posteriormente chegar ao Rio de Janeiro, sem defeitos ou imagens distorcidas.

Meu entendimento é cerceado. Não conheço o Nordeste além de suas praias. Existe uma troca simultânea entre duas metrópoles ligadas pela Dutra. Eu a conheço mesmo sem lembrar de suas paisagens e engarrafamentos.

O Brasil de muitas nacionalidades acaba me embaralhando em seus sotaques. Eu mesma, carioca, pronuncio tanto as vogais que não me consideram tal.

Os anos passam, trocam as modas, as novelas. Cada dia que passa, sinto a inutilidade no meu empenho. Tento lembrar como estava a arvore de natal da Lagoa, não me recordo. A lembrança se mistura com a vontade e tudo passa sem que a memória consiga recordar. A velocidade gera certa amnésia. A informação simultânea me confunde e faz com que eu esqueça.

Esqueço a distância pela facilidade de se comprar passagem aérea. Esqueço que o dia tem hora fixa, e mesmo acordando as seis, vinte e quatro horas são relativas.

Atarraco muitos pensamentos. A novidade se esforça para unir fragmentos. Digo coisa nenhuma com freqüência. Chego a ser incoerente. Sou parte do produto abreviado que diz tudo pela metade.

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