quinta-feira, 29 de maio de 2008

Falei a verdade e mesmo assim sinto algum pesar em minha consciência. Disse na cara mesmo, sem qualquer escrúpulo. Se eu não dissesse assim, naquela hora, não contaria nunca; ficaria com a dúvida, e a dúvida incita o erro.

Antes que eu percebesse as palavras haviam saltado da língua. Não me lembro ao certo que argumentos eu usei, mas fui convincente apesar de contar anomalias que preferiria ser apenas boato.

Deve ter doído ouvir o que a suspeita não desvendava por si só. Eu tive que dizer. Convenci-me que a verdade é proteção, um arregalar dos olhos com lentes de grau. Há histórias difíceis de se acreditar, eu apenas contei minha versão que pode ser interpretada errada.

Uma mentira bem dita, aquela que é melhor de escutar, cai bem como verdade.

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