segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Dentro de um curso que não acaba nunca, ganho ou perco minhas tardes, dependendo do ponto de vista.

Enquanto as letras são desenhadas em um moderno quadro óptico tento focar minha atenção. Minha distração é inevitável. Acho tão seco o inglês que não tenho vontade de pronunciá-lo. Deve ser trauma dos turistas que freqüentam o Rio e vivem fazendo abordagens inescrupulosas quanto a jantares e motéis, como se eu não soubesse o que eles dizem.

Ficam ali todos repetindo os fonemas. A professora parece reger um coral, e todos parecem tropeçar na pronuncia. Quando paro para pensar, estou eu reproduzindo palavras soltas, simplesmente repetindo, sem querer dizer nada.

Deve existir uma hipnose ou coisa parecida. Eu tento me policiar para entender o que nos faz fazer tamanha insanidade. Imagine vários marmanjos falando ao mesmo tempo uma expressão da ordem, sendo ela “ good luck” ou “ see you again”.

Acho mesmo um tanto quanto estúpido a idéia de me alfabetizar de novo, tendo a certeza de que ninguém no exterior se atreve a pegar nosso Aurélio

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