terça-feira, 18 de setembro de 2007

Praticando o hedonismo, estendo o corpo sobre a pedra; tomo um banho de lua admirando as estrelas e o céu sem nuvens, transcendendo a pressa habitual.

Volto para casa leve, com a frescura da brisa que me toca. Lá de fora venço o medo do amanhecer. A lua logo dá lugar ao sol. A luz me descobre, não posso fingir. Ponho uns óculos escuros e vou caminhar, fantasiando a idéia de que não irão me reconhecer.

Por um segundo eu quis ter a previsão do futuro. Imagine poder saber se ainda existe pensamento entre nós dois, se ainda existe um fio que nos liga transmitindo a vontade de prender o sentido em uma redoma para proteger da voracidade do destino que desconhecemos.

Minha filosofia de prazer apresenta-se na adivinhação e disposição de novas idéias. Tenho poderes em mente. Além da previsão posso até mudar as coisas de lugar sem que precisem saber que faço isso com as mãos ao em vez de deslocá-las com o pensamento. Os fins justificam os meios. Seria tão tolo observar a verdade com olhos racionais, melhor é ver logo o grand finale com magia, faíscas saltando dos olhos. Olhar o inexplicável é crer que tudo é possível.

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