segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Pude sentir a liberdade invadindo a porta. As paredes não impediam a energia de entrar. Sentia tanta força, como se pudesse voar.

Percebia os substantivos de outra forma. Cada árvore que via da janela tinha vida. Desci e fui pisar no asfalto para encontrar a razão de tanta mudança. Deparei-me com uma ventania que desarrumava o cabelo,atrapalhando a visão. Debrucei-me por entre os muros. Vasculhei por entre os portões, pedindo licença, dizendo que procurava algo muito especial.

Sentia como se houvesse uma trilha sonora para aquele momento, um Bolero de Ravel ou melodia similar. A música era tão forte que a cada passo que eu dava ouvia uma estridente nota no ouvido, com uma força que contraia os sentidos. Soava meu próprio coração e eu não acreditava no que ouvia.

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