domingo, 9 de setembro de 2007

Havia um riso frouxo saindo da janela. Quando me debrucei para rir também, tudo emudeceu. Acho que pensaram que eu era outra pessoa,ou era mesmo sobre a minha pessoa a argumentação. Comecei a achar que o bafafá era mesmo sobre mim.

Notei o disfarce nos gestos tensos, tentando dissipar o veneno da língua. Não liguei para os possíveis comentários.

Desci as escadas de casa e dei apenas “bom dia”, esperando ser retribuída. Voltaram a rir, falando em murmúrios, repletas de falta de educação. Deu até vontade de dar-lhes um murro para que o silêncio reinasse durante a minha passagem.

A violência tem me consumido. Tudo me torna feroz. Evito levar para o lado pessoal, ignorando possíveis ambigüidades. Meu lado maniqueísta é que tem mantido minha ordem.

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